Nova aquisição - Hélène Grimaud - Chopin & Rachmaninov (2005)

Posted by Rubens

 

Hélène Grimaud - Chopin & Rachmaninov (2005)

"Os lançamentos de Hélène Grimaud para a Deutsche Grammophon tem sido construídos sempre em torno de um conceito. Aqui, é a morte e a transcendência. Os interessados em filosofia podem encontrar a explicação de Grimaud nas notas do encarte, enquanto os mais musicais de nós podem simplesmente ouvir um repertório padrão renovado por uma das pianistas jovens mais destacadas da atualidade.

Na sonata de Chopin, o primeiro movimento de Grimaud é volátil e o delicado colorido final proporcionam o tom e a resolução exigidos tanto pelo compositor quanto por sua própria perspectiva filosófica. No entanto, está última, significa uma Marcha Fúnebre sem lágrimas, desprovida de qualquer traço de sentimentalismo, mas sem falta de poder, mais um luto contemplativo do que a coisa em si.

A sonata de Rachmaninov é a revisão de 1931 com a restauração de trechos do original de 1913 por Grimaud. Assim como em Chopin, O lindo tom de Grimaud e a clareza da sua articulação ajudam a tornar esta uma performance excepcional. O programa se encerra com um par das obras mais comoventes de Chopin, a Berceuse e a Barcarolle, ambas lindamente executadas."

(Review de Dan Davis para o site da Amazon traduzido para o português)


Review de David Huruwitz (traduzido em parte para o português)

Hélène Grimaud é uma artista formidavelmente talentosa com ideias interpretativas fortes, às vezes obstinadas. Em sua nota intepretativa para esse disco, que é melhor lida enquanto se está bêbado ou sob a influência de alguma substância alucinógena, ela fala sobre a morte e outras coisas, mas qualquer que seja sua motivação ela toca ambas as obras com um olhar voltado para sua escuridão e melancolia sombria. Alguns ouvintes podem sentir que essa abordagem se adequa melhor à sonata de Rachmaninov do que às peças de Chopin, e de fato Grimaud tem a tendência de transformar Chopin em "Chopmaninov", oferecendo a interpretação mais incomum da Segunda Sonata desde Pletnev.

Grande parte do peso extraordinário que Grimaud traz para essas obras amplamente conhecidas vem da rara atenção que ela dá a mão esquerda. O tema principal do Allegro luta (adequadamente, ao meu ver) contra seu acompanhamento agitado, e o scherzo decola com uma articulação feita a marretadas e uma linha de baixo esculpida na pedra. Você pode muito bem achar os extremos de tempo em ambos os movimentos (sempre que algo lírico aparece) um pouco demais, mas a marcha fúnebre é verdadeiramente angustiante e implacável, como deve ser. Também achei fascinante a abordagem de Grimaud para o final. Ao invés do usual "rush" de notas uniformes, ela encontra todos os tipos de padrões, sugestões e trechos de melodia que estavam flutuando na superfície da música. É muito perturbador e coroa um interpretação individual e extrema que vai fazer com que você reflita. As duas obras mais curtas, a lindamente melancólica Berceuse e uma Barcarolle  que fluí rapidamente e é curiosamente ousada, provam ser igualmente desafiadoras.

Grimaud gravou uma sensacional Segunda Sonata de Rachmaninov em sua versão mais curta, quando ela tinha apenas 15 anos. Essa gravação está atualmente na Brilliant Classics e ainda soa fantástica. Esta versão é principalmente a revisão de 1931, mas com grande parte do original de 1913 restaurado, tornando-a um híbrido que soa mais como a última, com texturas mais enxutas enxertadas na estrutura maior de 1913. A interpretação de Grimaud, então, é incomumente pessoal, não apenas em seus detalhes, mas também em sua visão da obra como um todo, e é muito poderorsa, assim como a de Chopin bastante nervosa e muito dramática. Certamente ela alcança os clímax nos movimentos externos e oferece um central "lento" cuja liberdade rapsódica de fraseado nunca compromete a essência fundamental melódica da música. Ela captura a ambivalência emocional e mercurial do final tão bem quanto qualquer um já fez.

The sonics, a touch hard in fortissimo, capture Grimaud’s wide dynamic range well, though I really could do without the Glenn Gould-like vocalizing. I don’t know why record producers don’t tell the artists to keep quiet in front of the microphones, so I will: Hélène, darling, you’re too good a pianist and too lousy a singer to ask your fans to put up with both. Stick to tickling the ivories. Music making this individual won’t appeal to everyone, but I can only applaud Grimaud’s thoughtfulness, risk-taking, and obvious command of both the keyboard and the musical text.

 

Fontes

Site da Amazon sobre o álbum: https://www.amazon.com/Sonata-No-2-H%C3%A9l%C3%A8ne-Grimaud/dp/B00061H2UE

Review da Classics Today.com por David Huruwitz: https://www.classicstoday.com/review/review-11384/?search=1

Review da BBC Music Magazine: https://www.classical-music.com/miscellaneous/chopinrachmaninov-0

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