Mudanças no especial

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Veja agora a nova sequência do especial Lucia Di Lammermoor.

Lucie De Lammermoor: Natalie Dessay
Edgard: Sébastian Na

Henri: Ludovic Tézier
Raymond: Nicolas Cavallier
Arthur: Marc Laho
Gilbert: Yves Saelens
Maestro: Evelino Pidó
Orquestra: Opera National de Lyon
Teatro Nacional de Lyon, 2002



Lucia Di Lammermoor: Renata Scotto
Edgardo: Luciano Pavarotti
Enrico: Piero Cappuccilli
Raimondo: Agostino Ferrin
Alisa: Anna Di Stasio
Arturo: Gianfranco Manganotti
Normanno: Franco Ricciardi
Maestro: Francesco Molinari Pradelli
Orquestra: Orchestra Sinfonica e Coro di Torino
Della Radiotelevisione Italiana, 1967


Lucia Di Lammermoor: Joan Sutherland
Edgardo: Alfredo Kraus
Enrico: Pablo Elvira
Raimondo: Paul Plinshka
Alisa: Ariel Bybee
Arturo: Jeffrey Stamm
Normanno: John Gilmore
Maestro: Richard Bonynge
Orquestra: Metropolitan Opera Orchestra
Metropolitan Opera, Nova York, 1983


Lucia Di Lammermoor: Natalie Dessay
Edgardo: Joseph Calleja

Enrico: Ludovic Tézier
Raimondo: Kwangchul Youn
Alisa: Theodora Hanslowe
Arturo: Matthew Plenk
Maestro: Patrick Suers
Orquestra: Metropolitan Opera Orchestra
Metropolitan Opera, Nova York, 2011


3 dessa produções são em video e apenas uma é em CD.

Lucia Di Lammermoor: John Pritchard, Roma (1961)

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Nos anos 50 o mundo se impressionou com a Lucia de Maria Callas, que devolveu esse papel para as sopranos dramático di agilitá, e fez do belcanto um instrumento de expressão e não apenas de ornamentação.

Reza a lenda que Maria Callas assistiu a uma recita de Lucia Di Lammermoor em 1959 no Royal Opera House, e saiu impressionada com a atuação de Joan Sutherland, dizendo inclusive que aquele teatro não precisava mais de sua Lucia.

Joan Sutherland junto com Maria Callas e outras que viriam mais adiante, foi uma das responsáveis pelo renascimento do Belcanto. A Lucia de 1959 catapultou a carreira de Sutherland levando ela a atuar nos teatros mais importantes do mundo.

A gravação aqui aludida traz um elenco muito bom com Joan Sutherland no auge da forma, junto com o jovem tenor, Renato Cioni na pele de Edgardo e os excelentes Robert Merril e Cesare Siepi nos papeis de Enrico e Raimondo respectivamente. Outro destaque da gravação é que ela não inclui repartos no libretto, o apresentando na sua totalidade, senão me engano é a primeira gravação a fazer isso.

Cioni interpreta um ótimo Edgardo, a voz é potente e a intensidade dramática do personagem é muito bem captada, contudo o timbre é meio áspero faltando-lhe a beleza timbrica e luminosidade de outros Edgardos. Merril também se destaca no papel do pérfido Enrico, o fraseado é de qualidade já o timbre não reveste muito interesse, senti uma falta de potencia nas notas mais elevadas, o que contornou com a superior qualidade de sua interpretação.

Cesare Siepi compõe o melhor Raimondo que já ouvi. Raimondo é uma papel que não me reveste muito interesse, pelo menos até entrar em contato com o de Siepi, que possui um canto refinado e de suprema elegância, que combina muito bem com a posição refletida pelo capelão na ópera.

Joan Sutherland é a maior Lucia pós-callas e mesmo na comparação entre as duas não consigo me decidir qual foi a melhor. Sutherland compõe uma Lucia de timbre muito bonito e fraseado dócil, sua composição dramática revela uma Lucia apaixonada e meiga até a "Cena da Loucura" onde sua interpretação sugere uma Lucia angustiada e sofrida.

A coloratura como sempre é um sonho, Pianissimis celestiais, Stacattos ultra-velozes, Legatto maravilhoso e notas sobre-agudas impressionantes. Muitas pessoas acusam Sutherland de ser uma interprete superficial, e que sua Lucia é apenas um produto pirotécnico, afirmações que constituem em absurdos disparates pelo menos no que consiste a esta Lucia.

O fraseado é belíssimo, ainda provido de consoantes que viriam a desaparecer com o passar dos anos, e a voz é bastante volumosa se fazendo ouvir facilmente no sexteto que engole vozes pequenas. Creio que a principal diferença entre essa Lucia e as "ultra ornamentadas" das sopranos ligeiros, é o volume, enquanto as sopranos ligeiras  tem vozes muito pequeninas e luminosas desprovidas de cor e peso além de inaudíveis no sexteto, Sutherland tem devido a sua condição de soprano dramatico di agilitá todos esses requisitos, que faltam a estas sopranos.

Sobre a velha discussão de quem foi a maior Lucia, Callas ou Sutherland? faça como eu e ignore essa comparação dado que as duas são Lucias excepcionais, cada uma em um aspecto, o que torna impossível decidir qual foi a melhor.

Nota: 10 **********

Em Audição: Belcanto Italiano

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Joan Sutherland por via de sua celebre Lucia Di Lammermoor vem fazendo parte das audições desse autor, que também destaca o disco dedicado ao Belcanto de Elina Garanca. Ambas em breve serão comentadas nesse blog.

A Obra e a Trilha

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A Obra


A Trilha


Otello - Mario Del Monaco
Desdemona - Renata Tebaldi
Iago - Aldo Protti

Anna Bolena

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Papéis Principais

Anna Bolena: Soprano
Enrico VIII: Baixo
Giovanna (Jane) Seymour: Mezzosoprano
Smeton: Mezzosoprano
Percy: Tenor

Descrição

Enrico VIII: O Rei Henrique VIII
Anna Bolena: Sua 2ª mulher
Seymour: Sua 3ª mulher
Smeton: Um Músico da Corte 
Percy: O Ex-amante de Anna




Nome Em Português: Ana Bolena
Compositor: Gaetano Donizetti
Tipo de Enredo: Tragedia Lírica
Atos e Duração: Dois atos com 3h e 15m de duração
Data da Composição: 1830
Estreia: 26 de Dezembro de 1830
Local da Estreia: Teatro Carcano, Milão, Italia
Libretista: Felice Romani
Baseado em: Henri VIII de Marie-Joseph Chénier e Anna Bolena de Alessandro Prepoli
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A 30ª ópera de Donizetti foi seu primeiro grande triunfo e passaporte para a fama internacional. Embora o relato da execução de Anna Bolena seja historicamente inexato, essa obra é acima de tudo uma orgia do bel canto, com gloriosas árias de soprano e tenor, um tocante dueto entre a malfadada rainha e sua sucessora designada e finales magistrais nos dois atos. Muito longa, costuma ser apresentada com cortes significativos.

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* Giuditta Pasta foi a diva que tornou famosa Anna Bolena. Outra diva, Maria Callas, ressucitaria essa ópera esquecida em memorável produção no Scala da Milão em 1957. *
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Anna Netrebko como Anna Bolena em cartaz anunciando a produção dessa ópera no Metropolian Opera em Nova York.

Em Breve...

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Elina Garanca é uma mezzo-soprano letã, que a tempos o autor ouvia falar, mas nunca baixou ou comprou (esse último por causa do preço) nenhum dos seus registros. Garanca é uma excelsa cantora, dona de um belíssimo timbre e total disciplina tecnica, se destacou em papeis belcantistas, mozartianos, para além de sua fabulosa Carmen, que deslumbrou o Met.

Garanca é uma grande parceira da Netrebko, uma das minhas divas de eleição, conheci a Garanca inclusive no "Dueto das Flores" (video abaixo) da ópera Lakmé de Leos Delibes.

Sua Giovanna Seymour é sensacional, seu dueto com a Netrebko abriu meu apetite para esse registro, que já se encontra disponivel em sua totalidade na internet, e também na livraria Cultura, só que por um preço nada camarada.

Buscando um disco de árias para começar a ouvir a Garanca, me deparo com um registro seu dedicado integralmente ao belcanto, um dos repertórios que mais me agradam, e pelas curtas audições que fiz do disco, posso dizer que me encheu de expectativas. Garanca não se limita ao Mainstream operistico, ressucitando óperas como: "L'assedio di Calais", "Dom Sébastien, Roi de Portugal" (Donizetti), "Maometto II" (Rossini), "Adelson e Salvini" (Bellini).

O trunfo do CD provavelmente residirá na interpretação de Romeo da ópera "I Capuleti E I Montecchi" de Bellini, ópera que se encontra disponivel também na totalidade com a dupla Netrebko/Garanca. fiquem aqui com 3 videos da Garancam, o primeiro é o já mencionado "Dueto das Flores", o segundo é uma música popular espanhola chamada "El Vito", e a última é o assombroso dueto de Netrebko e Garanca na ópera Anna Bolena.