Novidades de 2012: Impressionismo Francês

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Natalie Dessay, soprano de coloratura francesa, depois de seu excepcional registro dedicado a ópera Giulio Cesare de Haëndel, decide homenagear dessa vez Debussy um dos compositores mais importantes do Seculo XX.

Dessay abordará o território lieder do grande compositor francês expoente do impressionismo francês. Dessay já interpretou Mélisande da ópera Pelléas et Mélisande de Debussy, sendo considerada uma das grandes interpretes dessa personagem.

Sem sair do território erudito francês, temos também o novo disco da Norte-Americana Reneé Fleming onde ela abordará: Ravel, Messiaen, Dutilleux todos que assim como Debussy representam a escola impressionista francesa.

Não se sabe ao certo o que levou duas das interpretes mais famosas da atualidade a revitalizarem esse estilo, mas ouvir os dois é passar compreender melhor esse movimento musical, sendo um complementar ao outro.

A escola impressionista surgiu para contrapor o excesso de sentimentalismo e emoção do período romântico, preferindo focar na sugestão e na atmosfera. Tem preferência por formas menores de música ao contrário dos românticos que preferiam formas maiores, fazem forte uso da dissonância e usam escalas nada convencionais para a epóca. A música impressionista simula efeitos emocionais suspensos como sonhos e fantasias, visto que o gênero prefere o imaginário ao mundo real.

O que podemos esperar desses discos? Canções servidas com dois dos timbres mais belos do mundo da ópera, Dessay possui maior leveza, um fraseado excelente (principalmente porquê ela é francesa) e um grande senso de interpretação já Fleming apoiará-se na beleza do seu timbre e de sua voz densa e escura na abordagem desses lieders.

Momentos de grande regozijo aguardam os ouvintes que tomarem contato com essas obras.

Ópera no Cinemark

Posted by Rubens


O Cinemark vai apresentar óperas e balés que foram encenados no Royal Opera House, uma das maiores casas de ópera do mundo. Ao todo serão 6 óperas e 2 balés, eu como não sou muito fã de balé, fico apenas com as óperas. Rigoletto e o Balé, Romeu e Julieta, serão transmissões ao vivo.

Com essa proposta o Cinemark pretende alcançar o publico jovem, além de proporcionar bons espetáculos aos amantes de ópera. As recitas que o Cinemark vai transmitir são todas legendadas em português, e o autor torce para que eles também distribuam os libretos das respectivas óperas.

Os cinemas aonde as óperas e os balés ocorreram estão disponíveis abaixo:



Cinemas Participantes
Cidade Jardim | São Paulo
Market Place | São Paulo
Eldorado | São Paulo
Shopping Iguatemi | São Paulo
Mooca Plaza Shopping | São Paulo
Pátio Higienópolis | São Paulo
Pátio Paulista | São Paulo
Campinas Iguatemi | Campinas
Park Shopping São Caetano | São Caetano Praiamar Shopping | Santos
Downtown | Rio de Janeiro
Botafogo | Rio de Janeiro
Plaza Shopping Niterói | Niterói
Shopping Granja Vianna | Cotia
Pier 21 | Brasília
Iguatemi Brasilia | Brasília
Campo Grande | Campo Grande
Pátio Savassi | Belo Horizonte
Park Shopping Barigui | Curitiba
Shopping Vitória | Vitória
Floripa Shopping | Florianópolis
Shopping Jardins | Aracaju
Studio 5 Manaus | Manaus
Shopping Colinas | São José dos Campos
Shopping Tamboré | Barueri
Novo Shopping | Ribeirão Preto
Salvador | Salvador
Flamboyant | Goiânia
Barra Shopping Sul | Porto Alegre
Midway Mall Natal | Natal

Mudanças no especial

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Veja agora a nova sequência do especial Lucia Di Lammermoor.

Lucie De Lammermoor: Natalie Dessay
Edgard: Sébastian Na

Henri: Ludovic Tézier
Raymond: Nicolas Cavallier
Arthur: Marc Laho
Gilbert: Yves Saelens
Maestro: Evelino Pidó
Orquestra: Opera National de Lyon
Teatro Nacional de Lyon, 2002



Lucia Di Lammermoor: Renata Scotto
Edgardo: Luciano Pavarotti
Enrico: Piero Cappuccilli
Raimondo: Agostino Ferrin
Alisa: Anna Di Stasio
Arturo: Gianfranco Manganotti
Normanno: Franco Ricciardi
Maestro: Francesco Molinari Pradelli
Orquestra: Orchestra Sinfonica e Coro di Torino
Della Radiotelevisione Italiana, 1967


Lucia Di Lammermoor: Joan Sutherland
Edgardo: Alfredo Kraus
Enrico: Pablo Elvira
Raimondo: Paul Plinshka
Alisa: Ariel Bybee
Arturo: Jeffrey Stamm
Normanno: John Gilmore
Maestro: Richard Bonynge
Orquestra: Metropolitan Opera Orchestra
Metropolitan Opera, Nova York, 1983


Lucia Di Lammermoor: Natalie Dessay
Edgardo: Joseph Calleja

Enrico: Ludovic Tézier
Raimondo: Kwangchul Youn
Alisa: Theodora Hanslowe
Arturo: Matthew Plenk
Maestro: Patrick Suers
Orquestra: Metropolitan Opera Orchestra
Metropolitan Opera, Nova York, 2011


3 dessa produções são em video e apenas uma é em CD.

Lucia Di Lammermoor: John Pritchard, Roma (1961)

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Nos anos 50 o mundo se impressionou com a Lucia de Maria Callas, que devolveu esse papel para as sopranos dramático di agilitá, e fez do belcanto um instrumento de expressão e não apenas de ornamentação.

Reza a lenda que Maria Callas assistiu a uma recita de Lucia Di Lammermoor em 1959 no Royal Opera House, e saiu impressionada com a atuação de Joan Sutherland, dizendo inclusive que aquele teatro não precisava mais de sua Lucia.

Joan Sutherland junto com Maria Callas e outras que viriam mais adiante, foi uma das responsáveis pelo renascimento do Belcanto. A Lucia de 1959 catapultou a carreira de Sutherland levando ela a atuar nos teatros mais importantes do mundo.

A gravação aqui aludida traz um elenco muito bom com Joan Sutherland no auge da forma, junto com o jovem tenor, Renato Cioni na pele de Edgardo e os excelentes Robert Merril e Cesare Siepi nos papeis de Enrico e Raimondo respectivamente. Outro destaque da gravação é que ela não inclui repartos no libretto, o apresentando na sua totalidade, senão me engano é a primeira gravação a fazer isso.

Cioni interpreta um ótimo Edgardo, a voz é potente e a intensidade dramática do personagem é muito bem captada, contudo o timbre é meio áspero faltando-lhe a beleza timbrica e luminosidade de outros Edgardos. Merril também se destaca no papel do pérfido Enrico, o fraseado é de qualidade já o timbre não reveste muito interesse, senti uma falta de potencia nas notas mais elevadas, o que contornou com a superior qualidade de sua interpretação.

Cesare Siepi compõe o melhor Raimondo que já ouvi. Raimondo é uma papel que não me reveste muito interesse, pelo menos até entrar em contato com o de Siepi, que possui um canto refinado e de suprema elegância, que combina muito bem com a posição refletida pelo capelão na ópera.

Joan Sutherland é a maior Lucia pós-callas e mesmo na comparação entre as duas não consigo me decidir qual foi a melhor. Sutherland compõe uma Lucia de timbre muito bonito e fraseado dócil, sua composição dramática revela uma Lucia apaixonada e meiga até a "Cena da Loucura" onde sua interpretação sugere uma Lucia angustiada e sofrida.

A coloratura como sempre é um sonho, Pianissimis celestiais, Stacattos ultra-velozes, Legatto maravilhoso e notas sobre-agudas impressionantes. Muitas pessoas acusam Sutherland de ser uma interprete superficial, e que sua Lucia é apenas um produto pirotécnico, afirmações que constituem em absurdos disparates pelo menos no que consiste a esta Lucia.

O fraseado é belíssimo, ainda provido de consoantes que viriam a desaparecer com o passar dos anos, e a voz é bastante volumosa se fazendo ouvir facilmente no sexteto que engole vozes pequenas. Creio que a principal diferença entre essa Lucia e as "ultra ornamentadas" das sopranos ligeiros, é o volume, enquanto as sopranos ligeiras  tem vozes muito pequeninas e luminosas desprovidas de cor e peso além de inaudíveis no sexteto, Sutherland tem devido a sua condição de soprano dramatico di agilitá todos esses requisitos, que faltam a estas sopranos.

Sobre a velha discussão de quem foi a maior Lucia, Callas ou Sutherland? faça como eu e ignore essa comparação dado que as duas são Lucias excepcionais, cada uma em um aspecto, o que torna impossível decidir qual foi a melhor.

Nota: 10 **********

Em Audição: Belcanto Italiano

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Joan Sutherland por via de sua celebre Lucia Di Lammermoor vem fazendo parte das audições desse autor, que também destaca o disco dedicado ao Belcanto de Elina Garanca. Ambas em breve serão comentadas nesse blog.

A Obra e a Trilha

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A Obra


A Trilha


Otello - Mario Del Monaco
Desdemona - Renata Tebaldi
Iago - Aldo Protti

Anna Bolena

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Papéis Principais

Anna Bolena: Soprano
Enrico VIII: Baixo
Giovanna (Jane) Seymour: Mezzosoprano
Smeton: Mezzosoprano
Percy: Tenor

Descrição

Enrico VIII: O Rei Henrique VIII
Anna Bolena: Sua 2ª mulher
Seymour: Sua 3ª mulher
Smeton: Um Músico da Corte 
Percy: O Ex-amante de Anna




Nome Em Português: Ana Bolena
Compositor: Gaetano Donizetti
Tipo de Enredo: Tragedia Lírica
Atos e Duração: Dois atos com 3h e 15m de duração
Data da Composição: 1830
Estreia: 26 de Dezembro de 1830
Local da Estreia: Teatro Carcano, Milão, Italia
Libretista: Felice Romani
Baseado em: Henri VIII de Marie-Joseph Chénier e Anna Bolena de Alessandro Prepoli
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A 30ª ópera de Donizetti foi seu primeiro grande triunfo e passaporte para a fama internacional. Embora o relato da execução de Anna Bolena seja historicamente inexato, essa obra é acima de tudo uma orgia do bel canto, com gloriosas árias de soprano e tenor, um tocante dueto entre a malfadada rainha e sua sucessora designada e finales magistrais nos dois atos. Muito longa, costuma ser apresentada com cortes significativos.

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* Giuditta Pasta foi a diva que tornou famosa Anna Bolena. Outra diva, Maria Callas, ressucitaria essa ópera esquecida em memorável produção no Scala da Milão em 1957. *
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Anna Netrebko como Anna Bolena em cartaz anunciando a produção dessa ópera no Metropolian Opera em Nova York.

Em Breve...

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Elina Garanca é uma mezzo-soprano letã, que a tempos o autor ouvia falar, mas nunca baixou ou comprou (esse último por causa do preço) nenhum dos seus registros. Garanca é uma excelsa cantora, dona de um belíssimo timbre e total disciplina tecnica, se destacou em papeis belcantistas, mozartianos, para além de sua fabulosa Carmen, que deslumbrou o Met.

Garanca é uma grande parceira da Netrebko, uma das minhas divas de eleição, conheci a Garanca inclusive no "Dueto das Flores" (video abaixo) da ópera Lakmé de Leos Delibes.

Sua Giovanna Seymour é sensacional, seu dueto com a Netrebko abriu meu apetite para esse registro, que já se encontra disponivel em sua totalidade na internet, e também na livraria Cultura, só que por um preço nada camarada.

Buscando um disco de árias para começar a ouvir a Garanca, me deparo com um registro seu dedicado integralmente ao belcanto, um dos repertórios que mais me agradam, e pelas curtas audições que fiz do disco, posso dizer que me encheu de expectativas. Garanca não se limita ao Mainstream operistico, ressucitando óperas como: "L'assedio di Calais", "Dom Sébastien, Roi de Portugal" (Donizetti), "Maometto II" (Rossini), "Adelson e Salvini" (Bellini).

O trunfo do CD provavelmente residirá na interpretação de Romeo da ópera "I Capuleti E I Montecchi" de Bellini, ópera que se encontra disponivel também na totalidade com a dupla Netrebko/Garanca. fiquem aqui com 3 videos da Garancam, o primeiro é o já mencionado "Dueto das Flores", o segundo é uma música popular espanhola chamada "El Vito", e a última é o assombroso dueto de Netrebko e Garanca na ópera Anna Bolena.